Todos querem renascer, mas ninguém quer morrer

Eu ouvi essa frase em um filme muito legal, estilo documentário, chamado “Eu maior” e ela não saiu da minha cabeça. Eu queria escrever sobre a dificuldade de desapegar de quem a gente acha que é.

Todos queremos ser melhores, criar hábitos mais saudáveis, ser mais nossas qualidades e menos nossos defeitos.

Mais difícil do que criar um novo hábito é abandonar o antigo. A parte que cuida da sobrevivência no nosso ego se junta com as partes do nosso cérebro reptiliano e se agarra naquela característica com todas as forças. Inconscientemente é como se parte de nós fosse morrer ao abandonar aquilo. Aquele antigo eu, aquele antigo modo de ser…

Uma coisa que tenho feito há um tempo é não assistir notícias ruins. Nunca concordei com a afirmação “as coisas estão cada vez piores”. Acho que hoje temos mais informações. sobre coisas boas e sobre coisas ruins. Não sei o porquê da tendência das pessoas em focar nas ruins. Acho que é a falsa sensação de controle que isso dá.

Sempre frequentei ambientes em que informação era poder, e estar bem informado era tão importante como ter uma boa formação ou falar outra língua. Há bastante tempo, ser bem informado deixou de ter relação com assistir o jornal. Hoje você pode selecionar a informação a que vai ter acesso.

Me recuso a assistir coisas ruins. Não nego que há uma atração quase que animal por esses assuntos. Entendo a vontade de clicar naquela manchete catastrófica, a dificuldade de mudar de canal no meio da notícia, mas acredito que demais na lei da atração para continuar alimentando em mim os sentimentos que essa notícias me trazem.

Os argumentos para quem não entende o meu pensamento são sempre os mesmos. Você precisa se informar, você tem que saber que o mundo é perigoso. Eu preciso me informar porque mesmo? Sobre o que eu quero me informar? Eu já sei que o mundo tem coisas boas e ruins, mas eu escolho olhar mais para as boas. Pollyanna como disse minha ortopedista uma vez. (Comento em um post que estou escrevendo e vou publicar amanhã, quando colocarei o link aqui)

“Mas não tem notícias boas!!” Tem certeza?!

Essa é a parte que todo mundo quer coisa boa, mas não quer largar a ruim. Quer ser uma pessoa nova, mas tá agarrada às antigas manias. Fica criando desculpas para adiar a mudança. Quer renascer, mas não quer deixar morrer nenhuma parte.

A única dica que eu posso dar é: se esforce mais em criar novos hábitos, coloque mais energia nisso do que em reprimir hábitos ruins, seguindo o principio do “o que você resiste, persiste”.

Em cada área da vida, dá para mudar aos poucos. Na vida online, por exemplo. O Facebook e o Google tem algoritmos elaboradíssimos para te dar mais do que você procura. Cada notícia ruim, superficial ou de fofoca que a gente clica, vai fazer com que mais dez apareçam na nossa timeline ou nas próximas pesquisas. O inverso também é verdadeiro, e o universo funciona da mesma maneira.

Comecei a curtir muitas publicações da fanpage Razões para Acreditar, que só mostra notícia boa. Agora todo dia aparecem várias postagens de notícias boas na minha time line do Face.

E confesso que fico espantada com a quantidade de coisa legais que eles encontram para nos contar. Cada reportagem que leio, me encho de sentimentos bons. Quanto mais tenho sentimentos bons, mais sinto que estou atraindo sentimento iguais. As situações que vão me causar esses sentimentos? Não importa! Eu ativamente estou me causando isso e acredito que sentirei isso passivamente também.De alguma forma vou atrair coisas e pessoas que me façam sentir dessa mesma forma.

Princípio “colher o que se planta”. Vamos pensar na qualidade das sementes!

Beijos!

Sofia

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